quinta-feira, 9 de junho de 2022

151 - RESPEITAR A NATUREZA É SOBREVIVER

 

(Foto: Fátima Alves, paisagem mineira, Serra da Bocaina)


Tudo separa a humanidade, neste momento histórico, em nações, em tribos, em ideologias opostas, levando-a a guerras e conflitos aviltantes e inúteis, mas extremamente destruidores e danosos, mas uma só ideia pode uni-lo: a defesa do planeta. O problema é fazer que povos tão diferentes entre si, em estágios tão distintos de interesses, possam compreender a linguagem da natureza que aí está a nos passar mensagens claras de insatisfação. O clima esquenta as águas dos oceanos e faz derreter gelos eternos, por culpa única e exclusiva da excessiva emissão de gases poluentes e da quantidade de veneno que jogamos na atmosfera. Com isso, fenômenos naturais provocam grandes catástrofes em todas as regiões da Terra, dizimando vidas e condições de vida, destruindo o trabalho humano de inúmeras gerações em poucas e decisivas horas. Tudo se explica, só a estupidez humana não percebe que não podemos continuar a sujar os rios, a poluir o ar, a derrubar florestas, a deixar que se deteriore o solo, a envenenar os aquíferos, a matar os animais, a destruir, enfim, a casa onde moramos e na qual estamos condenados a viver ainda por muitos e muitos séculos. E a pior poluição é o idealismo pitagórico de que somos viajantes num mundo eterno, de que aqui estamos de passagem para outras paragens, para um paraíso que nos espera depois da morte. Essa concepção absurda entrava qualquer possibilidade de entendimento do que realmente somos, seres frágeis a navegar num planeta azul à mercê de forças que não compreendemos e das quais somos, sim, eternos prisioneiros: as forças da natureza, que devemos respeitar para que possamos sobreviver.

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