sexta-feira, 13 de maio de 2022

145 - UTOPIA RACIAL, SOCIAL E ECONÔMICA

 

(James Ensor)


Abolido o conceito de raça, assume-se a globalização do ser humano. Não haverá a divisão estúpida entre pretos, brancos ou amarelos, mas a mistura de todos os humanos, num espectro largo e diverso de culturas que tenderão a se interpenetrar, numa convivência universal de união, embora o regionalismo conserve suas raízes, para garantir a riqueza cultural da humanidade, que é a diversidade de usos e costumes. Povos indígenas, por exemplo, conservarão suas tradições, mas não serão excluídos das vantagens do progresso, competindo em igualdade de condições com quaisquer outros povos de qualquer parte do mundo. Miscigenada ou não, as sociedades humanas deixarão de ser isto ou aquilo por imposição étnica, mas poderão optar pela sua cultura originária ou, até mesmo, cada um poderá se adaptar e se integrar a um grupo social e cultural segundo suas disposições idiossincráticas. A raça humana só tem a ganhar com a eliminação de conceitos racistas e preconceitos culturais. Fronteiras de estados serão apenas riscos nos mapas, para melhor localização física, mas a liberdade de estar em qualquer lugar do mundo deverá ser uma das maiores conquistas humanas. Os processos migratórios deixarão de seguir correntes em busca de oportunidades, porque as diferenças econômicas e sociais entre as nações serão quase totalmente eliminadas, por um sistema único de proteção social, de empregabilidade e de oportunidades de vida. Cada povo continuará com seu sistema linguístico, mas todos falarão uma língua universal, provavelmente o esperanto, usado nas comunicações internacionais.

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