Uma metáfora ridícula pode começar a dar a dimensão verdadeira do que somos. Imaginemos em nossos intestinos os milhares de organismos vivos que o habitam: seres unicelulares que ajudam na digestão e na transformação dos alimentos que ingerimos. Imagine, agora, um desses seres a pensar sobre a sua relação com o organismo em que vive. Imagine-o pensando em como será o ser que o traz dentro de si. Que noção ele teria? E imagine mais ainda: que noção esse ínfimo organismo teria da relação do ser que o transporta com os demais seres da mesma família? E com os demais seres do bairro, da cidade ou do país em que ele vive? Será que o organismo unicelular de nossos intestinos, dotado de algum tipo de inteligência racional, teria condições de atingir a noção de continentes e mares? E do sistema solar? E... Bem, paremos por aqui. Porque mais ou menos isto é o ser humano diante do universo que o circunda: um miserável ser unicelular vivendo num planeta dentro de um sistema solar, dentro de uma galáxia, dentro de... dentro de quê? De um universo cujos limites nenhuma mente humana é capaz de atingir e compreender, no atual estágio de evolução em que nos encontramos. Um universo que deve ter tido um começo em algum momento do espaço-tempo e que deverá ter um fim e que está situado dentro de quê? Não sabemos e não saberemos nunca.
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187 - PALAVRA FINAL: O ALÉM DO HOMEM
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