terça-feira, 23 de agosto de 2022

176 - DEÍSMO E CAPITALISMO

 

(Escultura de Camille Claudel - Persée et Gorgone)


O capitalismo ou os capitalismos degenerados em que se transformou o sistema econômico mundial são os frutos podres da árvore deísta. Caminham juntos, unidos num só ideal, amparando-se mutuamente: o deísmo dá ao capitalismo o estofo filosófico para continuar sua obra malfazeja de perpetuação da estupidez humana, das diferenças sociais e econômicas e, consequentemente, da escravidão do homem pelo homem, ou seja, da submissão de povos aos interesses de menos de dez por cento da população mundial que detém quase noventa por cento das riquezas produzidas pelo ser humano. Capitalismo e deísmo, as duas pragas unidas a inviabilizar o futuro da humanidade, pois, por serem ambas antinaturais, não têm nenhum interesse na preservação da vida e contribuem decisivamente para a deterioração das condições ecológicas do planeta Terra. Enquanto estiverem unidos, não haverá muitas oportunidades para se salvarem os rios, as matas, as águas, os animais e o próprio ser humano. Urge destruir tanto a um quanto a outro, se ainda se quer plantar alguma esperança de salvação do ecossistema em que vivemos.

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