quarta-feira, 7 de julho de 2021

040 - SOBREVIVÊNCIA DA HUMANIDADE


(Valquíria Cavalcante)



A democracia precisa afinar seu discurso com os verdadeiros ideais socialistas de busca não de igualdade, porque isso não existe, mas de dar a todos oportunidade de uma vida digna, mesmo que essa vida seja simples e sem grandes perspectivas intelectuais. O sol nasce para todos, mas seus efeitos variam de pessoa a pessoa, conforme suas necessidades. E isso tem de ser respeitado. Assim como surgem gênios entre as pessoas mais pobres e ignorantes, nascem ignorantes totais nas chamadas classes privilegiadas. E a cada um deve ser dada a oportunidade de viver sua vida dignamente, com todo o respeito que o ser humano merece. Se se usa um automóvel por vez, é total estupidez e fora de qualquer lógica alguém, por ser rico, possuir dez automóveis, assim como é um crime de lesa-humanidade encontrarem-se populações inteiras vivendo com menos de um dólar por dia. Também não se pode permitir que a população mundial cresça de forma descontrolada. O planeta deve ter um limite e esse limite são os meios de sustentação da humanidade. Estudos têm de ser feitos para equacionar a capacidade de crescimento populacional com a capacidade de produção de alimentos e bens necessários à sobrevivência do ser humano na terra. Eu acredito, mesmo, que o destino do planeta Terra é tornar-se o celeiro de víveres para as populações terrestres que migrarão para outros planetas e dependerão da estupenda capacidade que tem a Terra de produzir alimentos, em comparação com os desertos dos demais planetas vizinhos. Isso, daqui a alguns milhares de anos, talvez. Porque o germe da vida está aqui e daqui se espalhará para outros mundos, povoando-os com homens e mulheres biologicamente mais avançados do que os que existem hoje. Talvez mais resistentes às doenças, mais inteligentes, com menos propensão à guerra e à violência, mais respeitadores de vida e da natureza e com a aparência física mais adaptada ao meio-ambiente hostil que os espera em outros planetas, mas sempre seres humanos, tremendamente parecidos uns com os outros mas, ao mesmo tempo, tão diferentes em seus sonhos, pensamentos e idiossincrasias, o que torna o ser humano um ser privilegiado no universo e diante das demais criaturas com as quais ele deve conviver e aprender a respeitar.

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